Análise: Strider (PS4) – Um velho amigo

Junior Amarante
6 leitura mínima

Se você é um gamer old school deve conhecer Strider de seus primórdios – 1989, no velho companheiro Mega Drive. No meu caso fui conhecer Strider através de Marvel vs Capcom e ao ver esse, remake, pensei que deveria conhecer mais sobre esse ninja high-tech.
O remake foi lançado em 18/02/2014 pela produtora Capcom e os estúdios Double Helix Games, que fizeram um excelente trabalho revivendo Strider em sua melhor forma possível. Uma obra de arte em questões de cenários, trilha sonora e jogabilidade.

Em Strider você joga com Hiryu, um ninja que carrega uma espada de plasma – a “Cypher”,- e essa espada ganha poderes elementais com o decorrer do game. De início você pode achar o jogo um pouco limitado e linear, mas ao caminhar pelo mapa diversas habilidades serão desbloqueadas, e conforme você as adquire acaba liberando acesso à novas áreas, muitas delas secretas, então fique atento ao mapa. Um jogo para curiosos, exploradores ou para simplesmente quem quer destruir e eliminar tudo e todos em seu caminho.

Os detalhes

Como todo bom hack and slash, você terá que ser ágil e preciso em seus golpes, mas contará com uma grande ajuda que é a trilha sonora, tão frenética quanto o jogo em sí, te incentivando a ser o mais rápido e mortal possível, com um toque eletrônico e saudosista aos jogos da velha guarda.

Ao avançar pelo mapa você notará áreas que não são possíveis de acessar, mas com o decorrer do jogo ganhará algumas habilidades que o farão possível. Nem todas as portas são necessariamente essenciais para a continuidade da história, mas com certeza você ficará curioso em descobrir o que tem atrás delas. Sim, você vai poder ir e vir a hora que quiser, podendo caracterizar um método metroidvania de exploração. E sua jornada não será monótona: ao retornar em áreas já exploradas, os inimigos serão restaurados e o frenesi da batalha vai continuar.

Com grandes poderes vem muitos botões

Strider tem uma jogabilidade side-scrolling e um cenário 3D, onde conforme você anda pelo mapa poderá compreender a grandeza do exército e das máquinas do vilão Grandmaster Meio.

Contudo, é de se esperar poder jogar com os botões do direcional do seu joystick, certo? Errado, o jogador terá que usar o analógico do seu controle, pois os botões de direcional são destinados a trocar os elementais de sua espada Cypher, o que acarreta outro problema: uma espada tão poderosa, que não possui nenhum combo. Hiryu infelizmente se limita a golpes para cima, para baixo e laterais, mas não se preocupe – sua espada é mortal e seus inimigos mais fracos, (que são a grande maioria) são eliminados com poucos golpes, até mesmo hit kill, o que torna um combo, pouco viável durante a pancadaria.

É muito rápido 

Você encontrará um boa diversidade de inimigos e bosses, e em alguns momentos você pode notar alguns probleminhas na qualidade gráfica de alguns deles. Esses defeitos podem passar despercebidos, devido à velocidade que alguns personagens se movem, aparecendo e desaparecendo de forma muito rápida, fazendo com que você tenha o único objetivo de ler seus movimentos e eliminá-lo. Contudo, se você tem um olhar mais crítico, pode se sentir um pouco incomodado com o problema.

Outro aspecto que pode incomodar os jogadores é o save game, o qual pode ser feito manualmente em determinadas áreas do mapa, mas é automaticamente feito antes de toda grande batalha . O motivo é que antes de iniciar a luta os personagens travam um diálogo, o problema é dado caso você morra durante a luta e terá que rever toda a conversa novamente. Dependendo da dificuldade em que você joga será normal morrer várias e várias vezes, tendo sempre que rever esses diálogos, o que se torna um pouco chato e acaba quebrando a velocidade do game.

Ainda sobre os diálogos, surgem críticas em relação a boca dos personagens não se moverem durante a fala: uma caixa de diálogo surge com uma imagem estática deles conversando, o que não me fez ver com maus olhos e sim me fez rememorar o mangá de Strider. Pois é meus caros, a primeira aparição de Strider não foi nos videogames e sim em um mangá publicado pela editora japonesa Kadokawa Shoten em 1988 chamado Strider Hiryu, um ano antes do lançamento oficial do primeiro jogo.

O futuro dos clássicos

A história pode ser concluída com poucas horas de gameplay, mas existe uma boa quantidade de desbloqueios e extras, podendo te prender por muito mais tempo que você imagina. Recomendo para novos jogadores do gênero iniciar em no modo easy, para os mais ousados o normal,  e conforme você evoluir e se adaptar as mecânicas e ao ritmo do jogo, gradativamente aumentar a dificuldade, até que você possa provar tudo que ele tem a oferecer.

Na minha humilde opinião, Strider é a prova de que clássicos ainda podem ser revividos com classe e equivalentes aos jogos da atualidade.

Revisão: Icaro Sousa

MARCADO:
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