Após 17 anos de espera, os fãs de Dragon Ball finalmente têm motivos para comemorar. Dragon Ball: Sparking! Zero chegou como um furacão, redefinindo o padrão dos jogos baseados neste icônico universo de anime. Como veterano da série, confesso que inicialmente encarei o anúncio com ceticismo. Afinal, minha paixão sempre esteve com a trilogia Budokai, não com Tenkaichi. Mas esse novo título provou que estava errado em duvidar.
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Dragon Ball: Sparking! Zero retoma o estilo de combate tridimensional que Tenkaichi introduziu. Diferente dos tradicionais lutadores 2D, aqui as batalhas acontecem em arenas abertas, permitindo voos, teletransportes e destruição do cenário. Essa abordagem captura a essência das lutas épicas do anime de uma forma que os jogos 2D nunca conseguiram.
Com 182 personagens jogáveis, o jogo é um paraíso para os fãs. De clássicos como Goku e Vegeta a figuras obscuras como Turles e Baby, há opções para todos os gostos. Mesmo personagens cômicos como Mr. Satan têm seu lugar, podendo enfrentar deuses da destruição em batalhas surreais e divertidas.
O sistema de luta equilibra acessibilidade e profundidade. Embora não exija a memorização de combos complexos como em Street Fighter, oferece uma gama de opções táticas. Gerenciar ki, transformações e posicionamento 3D adiciona camadas estratégicas que mantêm o jogo interessante mesmo após horas de jogo.
Modos de jogo
O modo história surpreende ao oferecer não apenas a narrativa tradicional de Dragon Ball Z e Super, mas também “Episódios Spark” – cenários alternativos que exploram “e se?” fascinantes. Ver Gohan derrotando Golden Freeza ou Zamasu se tornando “Gohan Black” são deleites para os fãs de longa data, cansados de reviver sempre a mesma história.
Além da campanha principal, o jogo oferece episódios bônus desafiadores e a possibilidade de criar e compartilhar cenários personalizados online. Embora limitado em alguns aspectos, este recurso promete estender a vida útil do jogo significativamente.
Tecnicamente, Dragon Ball: Sparking! Zero impressiona. Mesmo com batalhas frenéticas e arenas enormes, o jogo mantém 60fps em 1440p sem dificuldades. O modo online, embora testado brevemente, mostrou-se estável na maioria das vezes.
Nem tudo é perfeito. O tutorial poderia ser mais intuitivo, e a navegação nos menus às vezes é frustrante. A ausência de mais conteúdo do Dragon Ball clássico e um foco excessivo em Dragon Ball Z são oportunidades perdidas para uma representação mais abrangente da franquia.
